“Sentirei o calor da tua divindade”
Quando se trabalha por Deus, é preciso ter "complexo de superioridade" – fiz-te notar. – Mas – perguntavas-me – isso não é uma manifestação de soberba? – Não! É uma consequência da humildade, de uma humildade que me faz dizer: – Senhor, Tu és o que és. Eu sou a negação. Tu tens todas as perfeições: o poder, a fortaleza, o amor, a glória, a sabedoria, o império, a dignidade... Se eu me unir a Ti, como um filho quando se põe nos braços fortes do pai ou no regaço maravilhoso da mãe, sentirei o calor da tua ...
"Um querer sem querer é o teu"
Um querer sem querer é o teu, enquanto não afastares decididamente a ocasião. – Não te queiras iludir dizendo-me que és fraco. És... cobarde, o que não é o mesmo. (Caminho, 714)
"Ó Jesus...! – Descanso em Ti"
Abatimento físico. – Estás... esgotado. – Descansa. Pára com essa actividade exterior. – Consulta o médico. Obedece e despreocupa-te. Em breve hás-de regressar à tua vida e melhorarás, se fores fiel, os teus trabalhos de apostolado. (Caminho, 706)
“O descanso não é não fazer nada”
Todos os pecados – disseste-me – parece que estão à espera do primeiro momento de ócio. O próprio ócio já deve ser um pecado! – Quem se entrega a trabalhar por Cristo não há-de ter um momento livre, porque o descanso não é não fazer nada; é distrair-se em actividades que exigem menos esforço. (Caminho, 357)
“Descanso significa represar: acumular forças”
Sempre entendi o descanso como afastamento do trabalho diário; nunca como dias de ócio. Descanso significa represar: acumular forças, ideias, planos... Em poucas palavras: mudar de ocupação, para voltar depois – com novos brios – à actividade habitual. (Sulco, 514)
“A única liberdade que salva é cristã”
Não é verdade que haja oposição entre ser bom católico e servir fielmente a sociedade civil. Como não há razão para que a Igreja e o Estado choquem no exercício legítimo das respectivas autoridades, em cumprimento da missão que Deus lhes confiou. Mentem (isso mesmo: mentem!) os que afirmam o contrário. São os mesmos que, em aras de uma falsa liberdade, quereriam "amavelmente" que os católicos voltassem às catacumbas. (Sulco, 301)
“Se disseram, se vão pensar...”
Quanto mais alta se eleva a estátua, tanto mais dura e perigosa é depois a pancada na queda. (Sulco, 269)
“Oxalá sejas como um velho silhar oculto”
Não queiras ser como aquele catavento dourado do grande edifício; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra. – Oxalá sejas sempre como um velho silhar oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa. (Caminho, 590)
“Adormeceu a Mãe de Deus”
Esta é a chave para abrir a porta e entrar no Reino dos Céus: "qui facit voluntatem Patris mei qui in coelis est, ipse intrabit in regnum coelorum" – quem faz a vontade de meu Pai..., esse entrará! (Caminho, 754)
Contra ventos e marés, S. Josemaria chegou a Roma (23-06-1946)
Pilar Urbano, jornalista e escritora, relata em "O homem de Villa Tevere", a chegada a Roma de São Josemaria, pela primeira vez, depois da travessia de Barcelona a Génova, num bote estragado e acossado pela tempestade.